ONU Critica plano dos EUA para detenção de Migrantes em Guantánamo

ONU Critica plano dos EUA para detenção de Migrantes em Guantánamo

A detenção de migrantes deve ser considerada uma medida extrema, afirmaram as Nações Unidas nesta sexta-feira (31), após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de um plano para prender milhares de migrantes sem documentos na prisão da Baía de Guantánamo.

Em uma declaração feita pelo porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Jeremy Laurence, ele destacou a importância de respeitar a dignidade e os direitos de todos os indivíduos, independentemente de seu status imigratório, e de garantir que sejam tratados conforme as normas internacionais de direitos humanos.

“A detenção de migrantes deve ser usada apenas como último recurso e em circunstâncias excepcionais. Independentemente de sua situação, os migrantes têm direitos e devem ser respeitados onde quer que estejam”, afirmou Laurence.

Na quarta-feira (29), Trump anunciou que havia dado ordens para a construção de um campo de detenção na Baía de Guantánamo, no qual seriam abrigados até 30 mil “estrangeiros criminosos ilegalmente presentes” nos Estados Unidos. A instalação militar dos EUA em Cuba, que abriga a prisão, foi utilizada para detenção de suspeitos de terrorismo desde os ataques de 11 de setembro de 2001.

O campo de detenção de Guantánamo é visto por muitas organizações não governamentais (ONGs) como um símbolo dos abusos da guerra contra o terrorismo, devido às condições extremas de detenção e o uso de tortura. Atualmente, 15 detentos permanecem na prisão, que já abrigou mais de 800 pessoas, com um pico de 680 em 2003, ao longo de mais de 20 anos.

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