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Rodovias Estaduais de SP e RJ dominam ranking de qualidade em pesquisa da CNT 2024

Rodovias Estaduais de SP e RJ dominam ranking de qualidade em pesquisa da CNT 2024



As rodovias mais bem avaliadas na “Pesquisa CNT de Rodovias 2024”, divulgada nesta terça-feira (19), são majoritariamente estaduais e estão localizadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Entre as dez primeiras posições, todas as vias são estaduais, com a grande maioria sob concessão ao setor privado, o que contribui para a melhoria na qualidade das estradas. A pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) destaca, ainda, que as dez piores rodovias também são estaduais, porém estão sob administração pública, especialmente no Nordeste do Brasil.

A pesquisa avaliou 111,8 mil quilômetros de rodovias, abrangendo as principais vias estaduais, todas as federais pavimentadas e as concessões. O presidente da CNT, Vander Costa, apontou que a gestão pública tem enfrentado dificuldades para manter as rodovias estaduais devido à falta de recursos, especialmente após a retirada da Cide-Combustíveis, imposto destinado aos estados, o que afetou negativamente o financiamento para infraestrutura rodoviária. A exceção, segundo Costa, é o estado de São Paulo, que ainda consegue realizar investimentos significativos nas suas rodovias, muitas das quais são operadas por concessionárias privadas.

As Dez Melhores Rodovias

Entre as dez rodovias mais bem avaliadas, a maioria está em São Paulo, com destaque para a SP-270 (Presidente Epitácio a Ourinhos) e a SP-099 (São José dos Campos a Caraguatatuba). No Rio de Janeiro, a RJ-124 (Rio Bonito a São Pedro da Aldeia) também figura no ranking das melhores.

Ranking das 10 Melhores Rodovias:

  1. SP-270: Presidente Epitácio a Ourinhos (SP)
  2. SP-099: São José dos Campos a Caraguatatuba (SP)
  3. SP-225: Itirapina a Santa Cruz do Rio Pardo (SP)
  4. SP-021: São Paulo a Arujá (SP)
  5. SP-348: Cordeirópolis a São Paulo (SP)
  6. RJ-124: Rio Bonito a São Pedro da Aldeia (RJ)
  7. SP-463: Ouroeste a Clementina (SP)
  8. SP-300: Castilho a Jundiaí (SP)
  9. SP-070: Taubaté a Guarulhos (SP)
  10. SP-065: Campinas a Jacareí (SP)

As Dez Piores Rodovias

Por outro lado, as dez rodovias mais mal avaliadas, que estão majoritariamente localizadas no Nordeste, são todas estaduais sob gestão pública. A PE-545, em Pernambuco, e a PB-400, na Paraíba, estão entre as mais críticas, o que reflete a falta de recursos e manutenção adequadas nessas vias.

Ranking das 10 Piores Rodovias:

  1. PE-545: Exu a Ouricuri (PE)
  2. PE-096: Palmares a Barreiros (PE)
  3. PB-400: Cajazeiras a Conceição (PB)
  4. RN-118: Macau a Itajá (RN)
  5. PE-177: Quipapá a Garanhuns (PE)
  6. RS-153: Barros Cassal a Vera Cruz (RS)
  7. RS-640: São Vicente do Sul a Rosário do Sul (RS)
  8. RJ-155: Barra Mansa a Angra dos Reis (RJ)
  9. PB-066: Ingá a Itambé (PB)
  10. AC-010: Porto Acre a Rio Branco (AC)

Melhora nos Pontos Críticos

A pesquisa também aponta uma redução nos chamados “pontos críticos” das rodovias, que são situações como pontes caídas, barreiras desmoronadas e erosões na pista. Entre 2023 e 2024, os pontos críticos diminuíram 7,6% no total, com uma queda ainda mais significativa nas rodovias federais sob gestão pública, que registraram uma redução de 17,3%. Segundo Bruno Batista, diretor executivo da CNT, essa diminuição é uma boa notícia, pois indica uma melhoria na segurança e fluidez do tráfego.

Impacto das Concessões e Investimentos

Vander Costa, presidente da CNT, destacou que as rodovias concedidas ao setor privado tendem a ser de maior qualidade, já que contam com recursos próprios provenientes das tarifas de pedágio. Isso resulta em estradas mais bem conservadas e com melhor infraestrutura. No caso de São Paulo, a gestão estadual tem sido eficiente em manter as rodovias em bom estado, embora a maior parte das melhores rodovias seja de concessão privada.

A pesquisa da CNT evidencia, mais uma vez, a importância dos investimentos contínuos e da gestão eficiente para a manutenção e melhoria das rodovias brasileiras, especialmente diante das limitações financeiras de muitas administrações públicas estaduais.

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