Uma grande operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, com apoio das Polícias Civil e Militar, resultou na prisão de seis pessoas e na apreensão de mais de R$ 200 mil em dinheiro, armas, veículos e materiais relacionados a atividades criminosas. A operação, que ocorreu em São José dos Campos e Jacareí, investiga uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro, extorsão e suspeita de financiamento de tráfico de drogas.
Durante a ação, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária em diversas localidades do Vale do Paraíba e de São Paulo. Entre os alvos estavam uma padaria em São José dos Campos e uma loja de carros em Jacareí, que, segundo as investigações, estavam sendo usados como fachada para atividades ilícitas.
De acordo com o promotor do Gaeco, Alexandre Castilho, os investigados são empresários com histórico na criminalidade organizada e estão envolvidos em diversas frentes criminosas, com destaque para a lavagem de dinheiro. “São pessoas ligadas a vários ramos de atividades, principalmente no setor financeiro, e possuem um passado no crime organizado. Atuam com a lavagem de dinheiro e outros crimes correlatos”, afirmou Castilho.
Armas, Fuzil e Veículos Apreendidos
A operação resultou na apreensão de seis armas, incluindo um fuzil, além de computadores, celulares e veículos. O dinheiro apreendido somou mais de R$ 200 mil em espécie, que estava sendo utilizado de forma ilícita para financiar atividades criminosas.
A investigação iniciou-se após a polícia identificar que os suspeitos apresentavam um padrão de vida incompatível com suas declarações de renda, o que levantou suspeitas de envolvimento em crimes como lavagem de dinheiro e agiotagem. O grupo estava operando empréstimos com juros abusivos e extorquindo devedores inadimplentes.
“Observamos que muitos deles praticavam a usura, ou seja, emprestavam dinheiro, muitas vezes de origem ilícita ou já lavado, e utilizavam a extorsão contra aqueles que não conseguiam pagar as dívidas”, explicou o promotor.
Suspeita de Envolvimento com o Tráfico de Drogas
Além da lavagem de dinheiro e extorsão, existe a suspeita de que o grupo utilizava os recursos obtidos de forma ilícita para financiar o tráfico de drogas. A investigação segue em segredo de justiça, e o material apreendido passará por perícia para ajudar na elucidação dos crimes.
“O objetivo da operação é coletar mais elementos para responsabilizar todos os envolvidos nas práticas de organização criminosa, extorsão e possível financiamento do tráfico de drogas”, completou Castilho.
A operação segue em andamento, e a expectativa é de que novas prisões e apreensões possam ocorrer à medida que as investigações se aprofundam. O caso tem sido tratado com prioridade, dada a gravidade das acusações e o impacto das atividades criminosas no combate ao crime organizado na região.
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