Operação contragolpe desmascara plano para matar Lula

Operação contragolpe desmascara plano para matar Lula
Foto: Ricardo Stuckert/PR – plano para matar Lula

Na manhã desta terça-feira (19), a Polícia Federal deflagrou a Operação Contragolpe, que resultou na prisão de cinco pessoas envolvidas em um plano golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022. Os detidos são, em sua maioria, militares de alta patente das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”, além de um policial federal. A investigação aponta que o esquema incluía não apenas o impedimento da posse de Lula e de seu vice, Geraldo Alckmin, mas também a tentativa de assassinato de ambos, assim como do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

PF prende quatro militares e um policial envolvidos em plano para matar Lula, Alckmin e Moraes
Foto: Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes / Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/PR – envolvidos no plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

Os mandados de prisão, cumprimento de ordens de busca e apreensão e medidas cautelares, como o afastamento de funções públicas e proibição de viagens, foram executados em várias regiões do Brasil, incluindo Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. A ação contou com o apoio das Forças Armadas para a execução das ordens.

Quem são os presos?

Entre os presos estão o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus; o general Mário Fernandes, ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência e assessor do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello; o major das Forças Especiais Rafael Martins de Oliveira, acusado de negociar o pagamento de R$ 100 mil para o transporte de manifestantes a Brasília; o major Rodrigo Bezerra de Azevedo; e o policial federal Wladimir Matos Soares, detido em Brasília.

Plano de Assassinato e Golpe de Estado

De acordo com as investigações, o grupo estava organizando uma série de ações militares, incluindo a execução de Lula, Alckmin e Moraes. O plano, denominado Punhal Verde e Amarelo, foi arquitetado com detalhes operacionais avançados, envolvendo recursos militares e a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” formado pelos próprios conspiradores. O objetivo era instaurar um regime de exceção no Brasil e derrubar violentamente o Estado Democrático de Direito.

O esquema começou a ser planejado antes das eleições de 2022, com o uso de recursos avançados e a participação de indivíduos com vasta experiência em operações militares. O Exército Brasileiro colaborou na execução das ordens, e a polícia coletou informações importantes a partir de apreensões de celulares e computadores, incluindo os de Mauro Cid, que já está colaborando com as investigações.

O plano envolvia a organização criminosa e ações para a abolição do Estado Democrático de Direito, além da tentativa de golpe de Estado. A operação é um marco na luta contra a desestabilização institucional no Brasil e demonstra o compromisso das autoridades em combater ameaças à democracia.

Reunião Golpista e Envolvimento de Mário Fernandes

Um dos alvos da operação, o general Mário Fernandes, foi destacado por sua participação em uma reunião de caráter golpista no Palácio do Planalto, em julho de 2022. Nessa reunião, o então presidente Jair Bolsonaro discutiu com ministros possíveis ações em caso de derrota nas urnas, conforme apontavam as pesquisas eleitorais. Mário Fernandes, que era ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência, criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e defendeu medidas “duras” caso o TSE não respondesse favoravelmente às acusações sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas.

A prisão de Mário Fernandes e outros envolvidos é um avanço nas investigações sobre a tentativa de golpe, que agora se aproxima de sua conclusão. A expectativa é que a Polícia Federal finalize o inquérito nas próximas semanas, com mais informações sobre a trama golpista que ameaçou a ordem democrática do país.

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