Os mandados de prisão, cumprimento de ordens de busca e apreensão e medidas cautelares, como o afastamento de funções públicas e proibição de viagens, foram executados em várias regiões do Brasil, incluindo Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. A ação contou com o apoio das Forças Armadas para a execução das ordens.
Quem são os presos?
Entre os presos estão o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus; o general Mário Fernandes, ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência e assessor do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello; o major das Forças Especiais Rafael Martins de Oliveira, acusado de negociar o pagamento de R$ 100 mil para o transporte de manifestantes a Brasília; o major Rodrigo Bezerra de Azevedo; e o policial federal Wladimir Matos Soares, detido em Brasília.
Plano de Assassinato e Golpe de Estado
De acordo com as investigações, o grupo estava organizando uma série de ações militares, incluindo a execução de Lula, Alckmin e Moraes. O plano, denominado Punhal Verde e Amarelo, foi arquitetado com detalhes operacionais avançados, envolvendo recursos militares e a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” formado pelos próprios conspiradores. O objetivo era instaurar um regime de exceção no Brasil e derrubar violentamente o Estado Democrático de Direito.
O esquema começou a ser planejado antes das eleições de 2022, com o uso de recursos avançados e a participação de indivíduos com vasta experiência em operações militares. O Exército Brasileiro colaborou na execução das ordens, e a polícia coletou informações importantes a partir de apreensões de celulares e computadores, incluindo os de Mauro Cid, que já está colaborando com as investigações.
O plano envolvia a organização criminosa e ações para a abolição do Estado Democrático de Direito, além da tentativa de golpe de Estado. A operação é um marco na luta contra a desestabilização institucional no Brasil e demonstra o compromisso das autoridades em combater ameaças à democracia.
Reunião Golpista e Envolvimento de Mário Fernandes
Um dos alvos da operação, o general Mário Fernandes, foi destacado por sua participação em uma reunião de caráter golpista no Palácio do Planalto, em julho de 2022. Nessa reunião, o então presidente Jair Bolsonaro discutiu com ministros possíveis ações em caso de derrota nas urnas, conforme apontavam as pesquisas eleitorais. Mário Fernandes, que era ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência, criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e defendeu medidas “duras” caso o TSE não respondesse favoravelmente às acusações sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas.
A prisão de Mário Fernandes e outros envolvidos é um avanço nas investigações sobre a tentativa de golpe, que agora se aproxima de sua conclusão. A expectativa é que a Polícia Federal finalize o inquérito nas próximas semanas, com mais informações sobre a trama golpista que ameaçou a ordem democrática do país.
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