Um pequeno grupo de supremacistas brancos, mascarados e exibindo bandeiras nazistas, causou perturbação do lado de fora de um teatro em Howell, Michigan, durante uma apresentação da peça O Diário de Anne Frank, no sábado (10). O incidente gerou tensão, mas a polícia agiu rapidamente para retirar os manifestantes do local.
O grupo de teatro que encenava a história de Anne Frank, uma jovem judia que se escondia durante a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial, confirmou o episódio. De acordo com os organizadores, os manifestantes foram notificados durante o primeiro ato da peça, e o elenco foi informado de que a situação estava sob controle. Durante o intervalo, os atores compartilharam a situação com o público e reafirmaram seu compromisso com a preservação da memória do Holocausto.
Em um comunicado, o elenco destacou que, embora a manifestação fosse perturbadora, ela proporcionou uma “pequena visão do medo e da incerteza” vividos por aqueles que se esconderam dos nazistas durante a guerra. O grupo também ressaltou a importância de contar as histórias de pessoas reais que perderam suas vidas no Holocausto.
Bobby Brite, ex-comandante da Legião Americana de Howell, que estava no local, registrou um vídeo do protesto. Ele relatou que muitos espectadores ficaram chocados e temerosos. “Tínhamos 75 pessoas assistindo à peça, e entre 50 e 60 estavam com medo de sair do prédio”, disse Brite à WXYZ TV. “Tivemos que acompanhar as pessoas até seus carros. Ninguém nos Estados Unidos deveria se sentir assim.”
Embora não tenha ocorrido nenhum confronto físico, a situação gerou discussões acaloradas entre os veteranos da Legião Americana e os manifestantes. Este não foi o primeiro protesto do tipo na cidade: em julho deste ano, um grupo semelhante marchou por Howell, gritando slogans nazistas e exibindo bandeiras.
O incidente em Howell sublinha a crescente presença de grupos extremistas nos Estados Unidos, uma realidade que continua a gerar preocupação e indignação em várias partes do país.
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