O general Igor Kirillov, chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia, foi morto nesta terça-feira (17) em uma explosão em Moscou. A informação foi confirmada pelo Comitê de Investigação russo. A explosão, que também matou um assessor do general, ocorreu quando um artefato explosivo foi ativado à distância a partir de um patinete estacionado próximo à entrada de um prédio residencial na avenida Riazanski, em Moscou.
O Comitê de Investigação informou que, após a detonação, o edifício foi parcialmente danificado, com a destruição da entrada do imóvel e diversas janelas dos apartamentos. A agência de notícias Tass reportou que a bomba foi ativada à distância, e equipes de investigação, peritos forenses e serviços operacionais estão no local.
A imprensa ucraniana, conforme noticiado pela Reuters, creditou o ataque à Ucrânia, embora o governo ucraniano ainda não tenha se manifestado oficialmente sobre o caso. Kirillov já havia sido acusado pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) de utilizar armas químicas proibidas no campo de batalha desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022. O SBU afirmou ter registrado mais de 4.800 usos de armas químicas, incluindo granadas de combate K-1, e mencionou o uso de cloropicrina, uma substância química utilizada pela primeira vez na Primeira Guerra Mundial.
Nomeado chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia em abril de 2017, Kirillov foi alvo de sanções por vários países, como Reino Unido e Canadá, devido ao seu envolvimento na guerra na Ucrânia. A morte do general é vista como um golpe significativo para a liderança militar russa, especialmente no contexto das tensões em torno do uso de armas químicas no conflito.
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