Trump Assina ordem para eliminar “Discriminação de Raça e Sexo” nas Forças Armadas e Banir Soldados transgêneros

Trump Assina ordem para eliminar “Discriminação de Raça e Sexo” nas Forças Armadas e Banir Soldados transgêneros

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva nesta segunda-feira (27) que visa combater a “discriminação racial e de sexo” nas Forças Armadas e abre caminho para a expulsão de soldados abertamente transgêneros do Exército. O decreto, divulgado no site da Casa Branca, afirma que a presença dessas “discriminações” minaria a liderança, a meritocracia e a coesão das unidades, prejudicando a letalidade e a prontidão das forças armadas.

Horas antes de assinar a ordem a bordo do Air Force One, Trump declarou a congressistas republicanos em Miami que seu objetivo é eliminar a “ideologia transgênero” das Forças Armadas, afirmando que isso ajudará a manter a “força de combate mais letal do mundo”.

Trump se referiu à “ideologia transgênero” ou “ideologia de gênero” como a maneira como conservadores denominam as políticas de diversidade e inclusão implementadas pelo governo Biden, especialmente em diversos departamentos do país. No texto da ordem executiva, Trump argumenta que as Forças Armadas estariam sendo “afligidas por uma ideologia de gênero radical”, em uma tentativa de “apaziguar ativistas”. Além disso, ele apontou que muitas condições de saúde mental e física dos soldados transgêneros seriam incompatíveis com o serviço militar ativo.

A ordem ainda afirma que “adotar uma identidade de gênero inconsistente com o sexo de nascimento de um indivíduo entra em conflito com o estilo de vida honrado, verdadeiro e disciplinado exigido de um militar”, destacando que a afirmação de um homem de ser mulher e exigir que outros “honrem essa falsidade” não condiz com os valores militares de humildade e abnegação.

Com a assinatura dessa ordem executiva, o governo de Trump inicia o processo para a remoção de soldados transgêneros do Exército. De acordo com estimativas, cerca de 15 mil militares na ativa são transgêneros, um número relativamente pequeno em comparação aos cerca de dois milhões de membros das Forças Armadas dos EUA.

Além da medida sobre soldados transgêneros, Trump assinou outras ordens executivas relacionadas ao Exército, como a construção de uma versão americana do sistema antimísseis “Domo de Ferro”, de Israel, e o retorno de militares que haviam sido dispensados por se recusarem a receber a vacina contra a Covid-19.

Durante sua campanha presidencial, Trump prometeu restringir os direitos das pessoas transgênero nos Estados Unidos, e, desde o primeiro dia de seu mandato, prometeu acabar com o que chamou de “delírio transgênero”. Ele também reiterou seu compromisso de reconhecer apenas “dois sexos, masculino e feminino”, definidos ao nascer, uma postura respaldada por um decreto assinado em 20 de janeiro, no dia de sua posse, que afirmava que esses sexos não são modificáveis.

Além disso, Trump prometeu combater a “doutrinação” dos soldados por “ideologias de extrema esquerda”, como a teoria crítica da raça, um conceito que os conservadores usam pejorativamente para criticar o ensino da sensibilização contra o racismo.

No Senado, a nomeação de Pete Hegseth para o cargo de secretário da Defesa foi confirmada na última sexta-feira, com uma votação apertada, a menor da história das votações para o chefe do Pentágono. Ao assumir o cargo, Hegseth disse que implementará as ordens do presidente “sem demora e sem exceção”.

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