O jornalista Léo Batista, uma das vozes mais marcantes da televisão brasileira, faleceu neste domingo (19), no Rio de Janeiro, aos 92 anos. Ele estava internado desde o dia 6 de janeiro para tratamento de um câncer no pâncreas, diagnosticado após um quadro de desidratação e dor abdominal.
Nascido João Baptista Bellinaso Neto, em Cordeirópolis, interior de São Paulo, Léo Batista foi filho de imigrantes italianos. Iniciou sua trajetória profissional aos 15 anos, trabalhando com alto-falantes em sua cidade natal, e logo se estabeleceu no rádio, ainda na década de 1940.
Com 73 anos de carreira, Léo passou 53 deles na TV Globo, onde se destacou especialmente no jornalismo esportivo. Além disso, fez parte de outros programas importantes, como o Jornal Nacional, Globo Rural, Jornal Hoje e o tradicional Globo Esporte. Em sua carreira, ele foi o primeiro jornalista a noticiar a morte do presidente Getúlio Vargas, em 1954, e também o primeiro narrador a transmitir surfe e Fórmula 1 na TV aberta.
Após a morte de Cid Moreira, em outubro do ano passado, Léo se tornou o profissional com mais tempo de serviço na TV Globo. Ícone do jornalismo esportivo, ele era torcedor declarado do Botafogo, clube que o homenageou nas redes sociais. Em 2019, o Botafogo dedicou uma cabine de transmissão em seu nome, e Léo foi sócio alvinegro desde 1992, tendo coberto o primeiro jogo de Garrincha pelo clube em 1953.
Léo Batista estava internado na UTI do Hospital Rios D’Or, em Jacarepaguá, e deixa as filhas Cláudia e Mônica Batista. Seu legado no jornalismo brasileiro será sempre lembrado com carinho e admiração.
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