Em uma carta enviada à ONU, o Irã denunciou a violação da soberania do Líbano por parte de Israel, relacionada a um ataque coordenado que feriu o embaixador iraniano no país. O Irã declarou que tomará todas as medidas necessárias em resposta ao ataque, baseado no Direito Internacional. A ação ocorreu na terça-feira (17), quando pagers usados pelo Hezbollah explodiram, resultando em mortos e feridos.
O Hezbollah, um aliado do Irã e grupo político no Líbano com um braço armado, possui um histórico de oposição a Israel. A explosão dos pagers, que teriam sido modificados antes da entrega, foi atribuído a Israel, embora o país não tenha reivindicado a autoria do ataque. Autoridades dos EUA foram informadas sobre a operação israelense.
Na carta, o Irã pediu que o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenasse a “ação terrorista” de Israel. O ataque, que feriu o embaixador Mojtaba Amani, foi considerado pelo Irã uma violação da soberania libanesa, dando ao país o direito de retaliar.
Após as explosões, o governo libanês recomendou que cidadãos descartassem seus pagers. A Cruz Vermelha Libanesa mobilizou mais de 50 ambulâncias e 300 equipes médicas para socorrer as vítimas. Um representante do Hezbollah descreveu o incidente como a “maior falha de segurança” desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023.
A tensão entre Irã e Israel não é nova; o Irã já havia ameaçado retaliar por ataques anteriores. Nesta quarta-feira, novos incidentes de explosão envolvendo equipamentos do Hezbollah resultaram em mais vítimas.
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