Explosões de dispositivos de comunicação como walkie-talkies e pagers no Líbano resultaram em dezenas de vítimas, incluindo mortos e milhares de feridos. Na terça-feira (17), a explosão de pagers pertencentes ao grupo Hezbollah deixou 12 mortos e cerca de 3.000 feridos. No dia seguinte, quarta-feira (18), novas explosões ocorreram em walkie-talkies do mesmo grupo, causando a morte de três pessoas e ferindo milhares, conforme relatado pela agência de notícias estatal libanesa.
As explosões ocorreram em várias áreas de Beirute e do sul do Líbano, com relatos de detonações inclusive durante funerais das vítimas do ataque anterior aos pagers. Fontes do governo libanês informaram que os dispositivos destruídos haviam sido adquiridos cinco meses antes, no mesmo período em que foram comprados os pagers que explodiram.
Segundo a TV libanesa Al Mayadeen, os explosivos foram acionados por um chip implantado nos dispositivos. A detonação aconteceu ao receber uma mensagem de texto, ativando o material explosivo indetectável pelos métodos convencionais de segurança. Apenas os pagers que estavam desligados ou em áreas sem sinal escaparam da explosão.
O Hezbollah acusa Israel de ser o responsável pelo ataque, alegando que a operação foi planejada durante meses. De acordo com fontes ligadas ao grupo, os explosivos foram implantados como parte de um esquema de vigilância que incluía a instalação de dispositivos de escuta nos pagers. O ataque foi visto como uma “falha de segurança” por parte do Hezbollah, que agora pretende revisar todo o seu sistema de segurança.
Entre os mortos estão dois membros do Hezbollah e uma menina. A Cruz Vermelha Libanesa mobilizou mais de 50 ambulâncias e 300 equipes de emergência para socorrer as vítimas. O governo libanês aconselhou a população a descartar qualquer pager que ainda possua.
Israel, acusado pelo Hezbollah de ser o responsável pelas explosões, ainda não se pronunciou sobre o incidente.
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