Em 2024, o Brasil registrou um impressionante aumento de 141,1% nas importações de carros, com destaque para os veículos eletrificados, incluindo híbridos e 100% elétricos. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (ABEIFA). Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela chegada de modelos de marcas chinesas, com preços cada vez mais acessíveis.
Ao todo, foram importados 104.729 veículos em 2024, em comparação com 43.431 no ano anterior. Desses, 94.930 unidades eram de veículos eletrificados, que representam 53,2% de todas as vendas de veículos com algum tipo de sistema de propulsão elétrica no Brasil. Este avanço reflete a crescente popularidade dos modelos híbridos e elétricos, tanto importados quanto nacionais.
Apesar da alta nos impostos de importação – com alíquotas de 10% para veículos 100% elétricos, 12% para híbridos plug-in e 15% para híbridos convencionais, que subiram para 18%, 20% e 25% no segundo semestre –, o mercado de importação manteve um desempenho robusto. Marcelo Godoy, presidente da ABEIFA, ressaltou que as alíquotas aumentaram, mas as vendas continuaram em crescimento, mesmo com o impacto do dólar, que superou os R$ 6 em novembro.
O crescimento dos veículos importados é notável, mas ainda representam apenas 4,2% das vendas totais de automóveis no Brasil. Para 2025, a ABEIFA projeta um crescimento modesto de 5%, impulsionado pela fabricação local de carros eletrificados de marcas chinesas e pela renovação das frotas de locadoras de veículos.
Godoy, no entanto, expressou preocupações quanto às políticas alfandegárias e à suspensão de incentivos fiscais para veículos importados eletrificados, argumentando que esses modelos desempenham um papel crucial na descarbonização do setor automotivo brasileiro.
Apesar do cenário de dólar elevado e juros altos, o mercado de veículos importados continua a se expandir, e a ABEIFA acredita que a introdução de novos modelos tecnológicos ajudará a manter o crescimento no ano seguinte.
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