Opositor Venezuelano busca asilo na Espanha e denuncia coação

Opositor Venezuelano busca asilo na Espanha e denuncia coação

Em uma entrevista à Reuters em Madri, onde se encontra em exílio político, Edmundo González, candidato da oposição na Venezuela, revelou que decidiu deixar seu país para buscar “liberdade para apoiar líderes mundiais”. Ele relatou que o alerta “Eles estão vindo atrás de você” o levou a buscar asilo na Espanha, temendo por sua segurança diante das ameaças das forças que apoiam Nicolás Maduro.

Reconhecido recentemente como o presidente eleito pelo Congresso espanhol e pelo Parlamento Europeu, González afirmou que, caso permanecesse na Venezuela, poderia ser preso e até torturado. Ele deixou o país após receber garantias sobre a segurança de sua família e de seus bens.

Declarações de Maduro e Acusações de Coação

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, comentou sobre a saída de González, afirmando que o opositor lhe pediu “clemência” para conseguir deixar o país. Em resposta às denúncias de coação feitas por González, que disse ter sido forçado a assinar um documento reconhecendo a vitória de Maduro nas eleições, Maduro desqualificou o adversário, acusando-o de covardia.

González relatou que a assinatura do documento ocorreu na embaixada espanhola em Caracas, sob pressão das autoridades venezuelanas. Ele afirmou que “ou eu assinava ou sofria as consequências”, descrevendo momentos de intensa coação.

A Situação Política na Venezuela

Desde a eleição presidencial de 28 de julho, em que Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a Venezuela enfrenta um impasse. A vitória de Maduro é contestada pela oposição e pela comunidade internacional, que exigem a publicação das atas eleitorais que comprovem o resultado. Dias após a eleição, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) confirmou o resultado do CNE e impediu a divulgação das atas.

González, que concorreu contra Maduro, alega ter vencido as eleições com ampla vantagem, apoiado por dados de cerca de 80% das atas impressas. A ONU reconheceu a veracidade dessas atas, enquanto o Ministério Público, alinhado ao governo, abriu uma investigação contra a oposição, alegando que as atas seriam falsas.

Investigações e Consequências para González

Edmundo González está sob investigação por diversos crimes, incluindo usurpação de funções e incitação a atividades ilegais, com um mandado de prisão expedido após ignorar intimações para depor. Ele se considera um alvo político e, em uma carta ao Ministério Público, declarou que não se apresentaria, afirmando que as acusações não têm base legal.

A líder da oposição, María Corina Machado, também enfrenta investigações similares. A tensão política na Venezuela continua a crescer, enquanto González busca apoio internacional em seu novo refúgio.

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