O final de semana foi marcado por uma onda de frio intenso que atingiu a região central dos Estados Unidos, trazendo neve, gelo, vento e temperaturas em queda. Uma tempestade de inverno que causou condições extremamente perigosas de viagem foi considerada a “nevasca mais pesada em uma década” em várias áreas do centro do país, especialmente no domingo, 5 de janeiro.
As condições severas afetaram principalmente o Kansas, o oeste de Nebraska e partes de Indiana, onde a neve e o gelo cobriram as principais estradas, levando à ativação da Guarda Nacional para auxiliar motoristas presos. Pelo menos 20 cm de neve eram esperados em Kansas e Missouri, com rajadas de vento de até 72,42 km/h, agravando ainda mais a situação. O aviso de nevasca se estendeu até Nova Jersey, e a previsão é de que o fenômeno se mova para o leste nos próximos dias.
Cerca de 63 milhões de pessoas estavam sob algum tipo de alerta meteorológico, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia. “Para locais nesta região que recebem os maiores totais de neve, pode ser a queda de neve mais forte em pelo menos uma década”, afirmou o serviço meteorológico.
O fenômeno foi causado por um vórtice polar, uma massa de ar ultrafrio que, em momentos excepcionais, se estende para o sul, afetando os Estados Unidos, Europa e Ásia. O rápido aquecimento do Ártico é parcialmente culpado pela maior frequência desses eventos. A tempestade também afetou a Europa no domingo.
Em Nova York, partes do estado viram mais de 90 cm de neve. A tempestade seguiu em direção ao Vale do Ohio, com previsão de alcançar os estados do Meio-Atlântico, com forte congelamento até o sul da Flórida. A tempestade também gerou avisos de tornado em Arkansas, Louisiana e Mississippi.
O Serviço Nacional de Meteorologia alertou que os estados do Nordeste seriam os próximos a sofrer com o frio intenso, após um início de inverno mais ameno. A expectativa é de que o ar gelado, vindo do Canadá, provoque uma semana fria, mas seca, no leste do país, com temperaturas congelantes e mínimas caindo para valores abaixo de zero em algumas regiões, como o sul da Geórgia e a Costa Leste.
A capital Washington, D.C., também será atingida pela tempestade, com previsão de neve e frio intenso no momento em que o Congresso dos EUA certificar a eleição de Donald Trump como presidente. O presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou que o clima não impediria o andamento das atividades legislativas.
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