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Carne estragada comercializada no Rio de Janeiro: quatro pessoas presas por fraude alimentar

Carne estragada comercializada no Rio de Janeiro: quatro pessoas presas por fraude alimentar

Quatro pessoas foram presas em uma operação policial após a descoberta de um esquema de comercialização de carne estragada no Rio de Janeiro. A carne, que havia sido submersa durante as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, foi comprada e revendida como se estivesse em boas condições. A empresa Tem Di Tudo Salvados, localizada em Três Rios (RJ), alegou que a carne seria destinada à produção de ração animal, mas, em vez disso, os produtos foram disfarçados e vendidos para açougues e mercados em todo o Brasil.

As investigações, que fazem parte da Operação Carne Fraca, revelaram que carnes bovina, suína e de aves foram processadas de forma ilegal para esconder os danos e revender os produtos. A fraude expõe a necessidade de os consumidores estarem mais atentos ao comprar carne e produtos de origem animal. Aqui, explicamos como identificar carne estragada, como armazená-la corretamente em casa e quais normas os frigoríficos devem seguir para garantir a qualidade do produto.

Como Identificar Carne Estragada:

  1. Cor: Se a carne apresentar coloração escura ou esverdeada, isso pode ser um sinal de que ela está imprópria para consumo.
  2. Cheiro: Um odor forte e desagradável é um indicativo claro de putrefação.
  3. Embalagens Congeladas: Se a carne for comprada congelada e o problema só for identificado em casa, é aconselhável devolvê-la ao estabelecimento.

Para os produtos embutidos, que podem mascarar o estado de deterioração devido aos aditivos usados, a única forma de garantir a qualidade é verificar se o produto é registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária, o que pode ser identificado pelo selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Como Conservar Carne em Casa:

Para evitar o desperdício e garantir que a carne permaneça em boas condições em casa, siga as orientações de armazenamento:

  • Temperaturas de conservação:
    • De 0°C a -5°C: até 10 dias.
    • De -6°C a -10°C: até 20 dias.
    • De -11°C a -18°C: até 30 dias.
    • Abaixo de -18°C: até 90 dias.

É importante também realizar o resfriamento imediato de carnes cozidas, que devem passar de 60°C para 10°C em no máximo 2 horas. O resfriamento pode ser feito na geladeira, e posteriormente o produto pode ser congelado.

Normas para Frigoríficos:

Os frigoríficos devem seguir rigorosas normas sanitárias para garantir a qualidade da carne entregue ao consumidor:

  • Temperatura de armazenamento: As carnes devem ser mantidas a temperaturas de até 7°C (para carnes com ossos) e -12°C (para carnes congeladas), conforme a legislação vigente.
  • Evitar contaminação: As carnes não podem ser colocadas diretamente sobre o piso e, em casos de contaminação, os ambientes devem ser desinfetados.
  • Carcaças e órgãos: Devem ser resfriados ou congelados conforme especificação do produto antes de serem armazenados ou transportados.

Além disso, o decreto nº 9.013 de 2017 proíbe o retorno de produtos à câmara fria após terem sido retirados e mantidos em temperatura ambiente por tempo prolongado.

Cuidado com Preços Muito Baixos:

O consumidor deve sempre desconfiar de preços excessivamente baixos e garantir que os produtos adquiridos possuam o selo de qualidade do SIF, um indicativo de que passaram por inspeção sanitária adequada.

Esse caso evidencia a importância de práticas de consumo consciente e a necessidade de vigilância para evitar a fraude alimentar, que coloca em risco a saúde pública.



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