O dólar apresenta queda nesta terça-feira (25), enquanto os investidores analisam a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, divulgada pela manhã. O mercado também acompanha os desenvolvimentos sobre as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a expectativa de que entrem em vigor na próxima semana, embora Trump tenha sinalizado a possibilidade de flexibilizar as taxas para “muitos países”.
No Brasil, a ata do Copom destaca que, embora a economia e o mercado de trabalho mostrem dinamismo, há sinais de uma “incipiente” desaceleração no crescimento econômico, o que é visto como um “elemento necessário” para reduzir as pressões inflacionárias. Como resultado, o Copom indicou que a elevação da taxa Selic pode continuar, mas de forma mais moderada, após a última alta de 1 ponto percentual, que levou a taxa para 14,25% ao ano. O mercado financeiro antecipa que os juros possam chegar a 15% ao ano.
O principal índice acionário da bolsa brasileira, o Ibovespa, opera em alta nesta manhã, refletindo a análise positiva da ata do Copom e o desempenho das bolsas internacionais.
Resumo dos Mercados:
- Dólar: Às 11h40, a moeda americana caía 0,87%, cotada a R$ 5,7016. No dia anterior, o dólar subiu 0,61%, fechando a R$ 5,7517, com uma perda acumulada de 6,93% no ano e um recuo de 2,78% no mês.
- Ibovespa: No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,26%, aos 132.971 pontos, recuperando-se de uma queda de 0,77% no dia anterior. O índice acumula um avanço de 6,94% no mês e 9,18% no ano.
Fatores que Impactam os Mercados:
- Ata do Copom: O Copom indicou que, devido aos sinais de desaceleração econômica, a próxima alta na taxa de juros será de menor intensidade. A evolução da política monetária e as perspectivas para a inflação e o crescimento econômico serão cruciais para determinar a magnitude dos futuros ajustes na Selic.
- Tarifas de Trump: As tarifas propostas por Donald Trump voltaram a ser um ponto de atenção nos mercados, com a promessa de aplicar novas taxas sobre produtos estrangeiros, incluindo petróleo e gás venezuelanos. As tarifas, que devem entrar em vigor no próximo dia 2, são vistas como um fator de incerteza para os mercados financeiros globais. Em resposta, investidores podem procurar “refúgios seguros”, como os títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries), o que tende a valorizar o dólar e outras divisas tradicionais.
- Impactos Globais das Tarifas: As tarifas elevadas podem pressionar a inflação, reduzir o consumo e impactar a atividade econômica global, afetando diretamente países como o Brasil, que exporta produtos para os EUA. Além disso, o aumento das tarifas pode prejudicar grandes empresas norte-americanas, como as montadoras de automóveis.
Embora o mercado esteja cauteloso quanto às perspectivas para a economia global, algumas ações de empresas específicas, como a Tesla, estão em alta, refletindo um dia positivo para o setor de tecnologia e mobilidade elétrica. As principais bolsas americanas também registraram ganhos significativos, com o S&P 500 subindo 1,76%, o Dow Jones avançando 1,42% e o Nasdaq saltando 2,27%.
Com informações da agência de notícias Reuters.
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