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Dólar em alta e Ibovespa em queda: Mercados reagem a dados de inflação no Brasil

Dólar em alta e Ibovespa em queda: Mercados reagem a dados de inflação no Brasil

Nesta quarta-feira (9), o dólar opera em alta, refletindo a atenção dos investidores nos novos dados de inflação divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, está em queda.

Após uma alta de 0,86% na terça-feira, quando foi cotado a R$ 5,5322, o dólar subiu 0,81% e chegou a R$ 5,5771. Com isso, a moeda acumula alta de 1,41% na semana, 1,57% no mês e 14,01% no ano.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,44% em setembro, levemente abaixo das expectativas do mercado, que era de uma alta de 0,46%. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo aumento das tarifas de energia elétrica, que subiram devido à mudança na bandeira tarifária, passando de verde para vermelha patamar 1, o que adiciona uma cobrança extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

A bandeira vermelha foi ativada em função das secas que afetam a produção de energia nas hidrelétricas, o que também impactou a produção e os preços dos alimentos. As maiores altas de preços em setembro foram registradas em itens como limão (30,41%), mamão (10,34%) e tangerina (10,27%), além de um aumento médio de 2,97% nas carnes, a maior alta desde dezembro de 2020.

André Almeida, gerente da pesquisa, destacou que a estiagem e o clima seco têm sido fatores cruciais para essa elevação dos preços das carnes. Luis Otavio Leal, economista-chefe da G5 Partners, alertou que a categoria “Alimentação no domicílio” será um desafio para o IPCA no final do ano, prevendo uma elevação da projeção da inflação de 4,40% para 4,60%.

Enquanto isso, a inflação de serviços desacelerou, passando de 0,24% em agosto para 0,15% em setembro. Contudo, o mercado continua atento a possíveis novas altas na taxa Selic, especialmente após o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentar a taxa em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano.

No cenário externo, investidores estão de olho em dados econômicos e declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed) sobre possíveis cortes de juros. Após dados robustos do mercado de trabalho nos Estados Unidos, a expectativa é que o ritmo de cortes seja mais cauteloso do que o previsto anteriormente.

Além disso, a escalada dos conflitos no Oriente Médio, especialmente no Líbano, continua a impactar a percepção de risco nos mercados. Os recentes bombardeios aéreos e a intensificação dos combates têm gerado preocupação, afetando não apenas os civis locais, mas também cidadãos brasileiros.

Os mercados seguem voláteis, com investidores atentos a todos esses fatores que podem influenciar o cenário econômico nos próximos dias.

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