A presidência da Rússia confirmou nesta segunda-feira (9) que concedeu asilo político ao ex-ditador sírio Bashar al-Assad. A decisão ocorre após Assad fugir da Síria, quando tropas insurgentes conseguiram invadir a capital, Damasco, durante uma ofensiva-relâmpago no fim de semana. A ofensiva tomou o poder em apenas 10 dias, culminando na queda do regime que comandava o país há mais de 50 anos.
O paradeiro de Assad havia sido desconhecido desde a invasão de Damasco, ocorrida no último sábado, mas o governo russo agora confirmou que ele está em solo russo, onde foi recebido e recebeu asilo. Segundo o Kremlin, a decisão de Assad de renunciar foi uma escolha pessoal, e o governo sírio agora está dialogando com os rebeldes para formar uma nova estrutura de poder no país.
O líder do HTS (Hay’at Tahrir al-Sham), grupo insurgente que assumiu o controle da capital, apareceu em público após a queda do regime e declarou a vitória como sendo “para a nação islâmica”. A rápida ofensiva que resultou na queda do regime de Assad aconteceu apenas 10 dias após o início da campanha, encerrando uma guerra civil de 13 anos, que causou mais de 500 mil mortes.
A família Assad estava no poder desde 1971, e durante os últimos 13 anos enfrentava uma insurgência que começou com a Primavera Árabe, um movimento que derrubou ditadores em outros países como Egito, Líbia e Tunísia.
Diante da escalada do conflito, o governo brasileiro solicitou uma solução pacífica para a crise síria e orientou seus cidadãos a deixarem o país. Estima-se que cerca de 3,5 mil brasileiros estejam atualmente na Síria.
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