Os Estados Unidos intensificaram os esforços para localizar Austin Tice, um jornalista norte-americano desaparecido há 12 anos, desde o início da guerra da Síria. Tice, correspondente da CNN, foi sequestrado em 2012, enquanto realizava uma reportagem sobre a revolta contra o regime de Bashar al-Assad em Damasco. A família de Tice suspeita que ele tenha sido preso e mantido em cativeiro durante todo esse tempo.
Após a recente queda do regime de Assad e a captura de Damasco pelos rebeldes sírios, novas esperanças surgiram. Rebeldes afirmaram, nesta quinta-feira (12), ter encontrado um homem que disse ser norte-americano e estava caminhando descalço pelas ruas da capital síria. No entanto, horas depois, foi confirmado que se tratava de outro cidadão dos EUA, identificado como Travis Timmerman, que alegou ter sido preso na Síria há seis meses.
Diante disso, Washington enviou seu enviado para assuntos de reféns, Roger Carstens, a Beirute, no Líbano, nesta semana, e outras autoridades norte-americanas estão no território sírio em busca de Tice, conforme informado por Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca.
Sullivan reforçou a urgência da missão, afirmando: “Esta é uma prioridade máxima para nós: encontrar Austin Tice, localizar a prisão onde ele pode estar detido, tirá-lo de lá e levá-lo para casa em segurança para sua família”. O governo dos EUA continua a dialogar com aliados, como os turcos, e com grupos em campo na Síria para auxiliar na localização do jornalista.
Tice, ex-fuzileiro naval e jornalista freelancer de 31 anos, desapareceu enquanto cobria os protestos contra Bashar al-Assad. A Síria sempre negou que ele estivesse preso. Segundo informações de fontes no Líbano, Tice teria sido mantido por um grupo possivelmente vinculado ao Hezbollah.
O presidente dos EUA, Joe Biden, reafirmou, no último domingo, que o governo acredita que Tice ainda está vivo e garantiu que tomará todas as medidas necessárias para trazê-lo de volta para casa.
Deixe um comentário