As tensões no acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas aumentaram, com uma nova ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após anunciar planos para tomar posse e reconstruir Gaza, Trump agora impôs um ultimato: o cessar-fogo será cancelado se os reféns mantidos pelo Hamas não forem libertados até o meio-dia de sábado (15). Esta ameaça foi respaldada por Israel.
Trump afirmou, em entrevista, que “o inferno vai explodir” e que o Hamas entenderá o que ele quis dizer. O acordo de cessar-fogo, que incluiu a liberação de reféns e prisioneiros, sofreu uma reviravolta após o Hamas anunciar, na segunda-feira (10), que suspenderia a libertação dos reféns israelenses, justificando o ato por acusações contra Israel de violar acordos de ajuda e realizar ataques em Gaza.
Em resposta, o governo israelense acusou o Hamas de violar completamente o acordo de cessar-fogo. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, endossou Trump e afirmou que, se os reféns não forem libertados até o prazo estipulado, o cessar-fogo será encerrado, e as Forças de Defesa de Israel (IDF) retomarão os ataques intensos em Gaza.
Trump, por sua vez, manteve firme sua posição. Durante uma coletiva na Casa Branca, ele não recuou e reiterou a necessidade de forçar a saída de palestinos de Gaza antes de os Estados Unidos assumirem o controle do território, transformando-o em um “resort do Mediterrâneo”. Essa proposta gerou críticas em nível internacional, com muitos líderes palestinos e árabes condenando a ideia.
As negociações para a segunda fase do cessar-fogo ainda não começaram, e o plano de Trump coloca o futuro do acordo em risco, pressionando ainda mais a situação. A escalada das tensões preocupa tanto as famílias dos reféns israelenses quanto os palestinos, que temem o impacto da proposta de Trump para Gaza.
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