No domingo (9), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou taxar as importações de aço e alumínio que chegam ao país, afetando diretamente o Brasil, um grande exportador desses produtos. Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, caso haja um aumento nas tarifas, o Brasil adotará medidas de reciprocidade, taxando os produtos exportados pelos EUA.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (10) que o governo brasileiro tomará uma posição somente após a decisão concreta de Trump, evitando se antecipar a um anúncio que ainda possa ser revisto ou mal interpretado. Ele reforçou que o governo aguardará a definição oficial das tarifas antes de manifestar qualquer reação.
Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os Estados Unidos, atrás apenas do Canadá. Em 2023, os EUA compraram 18% de todas as exportações brasileiras de ferro fundido, ferro e aço. Haddad também comentou sobre uma possível retaliação por meio da taxação das grandes empresas de tecnologia dos EUA, afirmando que o governo brasileiro aguardará a implementação das medidas antes de definir sua estratégia.
Lula já havia adiantado, no final de janeiro, que o Brasil responderia com reciprocidade se o governo americano criasse ou aumentasse tarifas sobre produtos brasileiros. A medida seria simples, segundo ele, aplicando tarifas sobre os produtos exportados pelos Estados Unidos para o Brasil.
No passado, durante o primeiro mandato de Trump, foram impostas tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio, o que afetou a indústria brasileira, levando à desativação de fornos e demissões. No entanto, as tarifas foram posteriormente revogadas, incluindo para outros parceiros comerciais como o Canadá, México, União Europeia e Reino Unido.
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