A recomposição de preços no setor imobiliário, impulsionada pelo aumento dos custos de construção, está moldando novos perfis e demandas em todo o país. A tendência é visível nas características dos chamados “apartamentos intermediários”, com metragens entre 45m² e 100m².
Com a recuperação do mercado, os lançamentos têm aumentado, mas a classe média, principal público-alvo, enfrenta dificuldades para manter seu poder de compra. O aumento nos preços, refletido na alta do Índice Nacional de Custos da Construção, tem levado muitas famílias a optarem por apartamentos menores, que se mostram mais acessíveis.
As incorporadoras estão se adaptando a essa nova realidade, buscando atender a demanda por imóveis que incorporam novas tecnologias e diferenciais, como espaços de coworking, lavanderias coletivas e áreas para pets. Essa adaptação é crucial para viabilizar a compra desses imóveis por famílias que, diante do aumento dos custos, estão cada vez mais em busca de alternativas.
Dados recentes mostram um crescimento significativo na oferta de apartamentos menores, especialmente após mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida, que ampliou subsídios e reduziu juros. Além disso, fatores como a legislação de planejamento urbano em grandes cidades, que favorece construções de prédios altos com unidades menores, têm contribuído para essa tendência.
Embora haja uma procura crescente por apartamentos menores, especialistas acreditam que o mercado ainda vê uma demanda por imóveis de médio e alto padrão, especialmente entre famílias de classes mais altas que não dependem de incentivos governamentais. Assim, o setor imobiliário continua a se reinventar, adaptando-se às necessidades e preferências de um público em transformação.
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