A decisão do governo de anunciar, na quarta-feira (27), o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) causou desconforto entre os membros da cúpula da Câmara dos Deputados, que consideraram a medida desnecessária. Isso porque a discussão do projeto referente ao IR só ocorrerá em 2025. Além do pacote de cortes, o governo propôs isentar do IR quem recebe até R$ 5 mil por mês, conforme uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, o limite de isenção é de R$ 2.824, o equivalente a dois salários mínimos.
A expectativa gerada pelo aumento da faixa de isenção contribuiu para que o dólar fechasse a R$ 5,91, atingindo o maior valor nominal da história.
Leia também:
- Corte de R$ 70 bilhões: entenda as medidas anunciadas por Haddad
- Veja as principais falas de Haddad sobre o corte de gastos
- Salário mínimo com nova fórmula: trabalhadores e aposentados perderão R$ 6 por mês em 2025
Para este ano, a pauta se concentra apenas na análise de propostas de contenção de gastos, com o governo buscando economizar R$ 70 bilhões em dois anos. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), solicitou um esforço concentrado das bancadas a partir da próxima semana, com o objetivo de votar o pacote de cortes até o início do recesso legislativo, em 22 de dezembro.
Nesta quinta-feira (28), o governo federal irá detalhar o pacote de medidas anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em pronunciamento sobre as novas estratégias econômicas.
Deixe um comentário