O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), exonerou dois policiais civis condenados por envolvimento com o tráfico de drogas e ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital) em São José dos Campos. A medida foi oficializada no Diário Oficial do Estado de São Paulo na quinta-feira (22).
Histórico da Condenação
Os policiais exonerados, Wander Rodrigo Vilhena Pinto e João Henrique Pinheiro da Silva, haviam sido condenados em 2019 por associação com o tráfico de drogas na zona sul de São José dos Campos. As investigações, que começaram em 2016, revelaram a colaboração desses agentes com o PCC, uma das mais influentes organizações criminosas do Brasil.
Detalhes da Investigação e Prisão
A investigação, conduzida pelo Ministério Público, desvendou a conexão dos policiais com o PCC após a apreensão de documentos que indicavam a relação entre membros da facção e agentes do 3º e 7º Distritos Policiais, além do Departamento de Investigações Gerais (DIG) e do Departamento de Investigações sobre Entorpecentes (Dise). Ao todo, 30 policiais foram investigados por colaboração com o tráfico.
Wander Rodrigo Vilhena Pinto foi condenado a sete anos e nove meses de prisão em regime semiaberto, enquanto João Henrique Pinheiro da Silva recebeu uma pena de sete anos e quatro meses no mesmo regime. A perda dos cargos públicos foi decretada como parte da condenação por corrupção passiva e envolvimento com o tráfico.
Exoneração Após Trânsito em Julgado
A exoneração dos policiais ocorreu somente após o trânsito em julgado da sentença, quando todas as possibilidades de recurso foram esgotadas, quase cinco anos após a condenação inicial.
Sobre o PCC
O PCC, fundado em 1993, é conhecido por sua estrutura hierárquica rígida e por suas operações tanto dentro quanto fora das prisões, muitas vezes envolvendo-se em conflitos violentos com outras facções criminosas. A organização exerce grande influência no sistema penitenciário e no tráfico de drogas no Brasil.
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