Morre Rose Girone, a sobrevivente mais velha do Holocausto, aos 113 Anos

Morre Rose Girone, a sobrevivente mais velha do Holocausto, aos 113 Anos

Rose Girone, a sobrevivente do Holocausto mais velha ainda viva e uma incansável defensora da memória dos sobreviventes, faleceu aos 113 anos na segunda-feira (24), em Nova York. A informação foi confirmada pela Claims Conference, uma organização que lida com reivindicações de reparação de vítimas do Holocausto contra a Alemanha.

Girone, nascida em 13 de janeiro de 1912, em Janow, Polônia, foi uma das últimas de um grupo de aproximadamente 245 mil sobreviventes do Holocausto ainda vivos em mais de 90 países. O número de sobreviventes diminui rapidamente, visto que a maioria tem idade avançada, com a média de idade chegando a 86 anos.

A vida de Rose Girone foi marcada por coragem e perseverança. Ela e sua família fugiram para Hamburgo, Alemanha, quando ela tinha apenas seis anos. Ao ser questionada sobre seus planos de vida antes da ascensão do regime nazista, Girone respondeu: “Hitler chegou em 1933, e então acabou para todo mundo”.

Girone foi forçada a enfrentar o terror da Segunda Guerra Mundial. Casada com Julius Mannheim em 1937, ela ficou grávida e, ao ser impedida de ser levada pelos nazistas, viu seu marido ser deportado para o campo de concentração de Buchenwald. Graças a vistos chineses, Rose conseguiu libertar seu marido e, com sua filha Reha, embarcou para Xangai, onde a família sobreviveu em condições difíceis no gueto.

Após o fim da guerra, Rose e sua família emigraram para os Estados Unidos, chegando a Nova York em 1947 com apenas 80 dólares escondidos dentro de botões. Na cidade, ela abriu uma loja de tricô e, mais tarde, conheceu seu segundo marido, Jack Girone, com quem se casou em 1969.

Em um depoimento de 1996, Rose compartilhou uma mensagem de resiliência e esperança: “Nada é tão ruim a ponto de não poder resultar em algo bom. Não importa o que seja.” Sua morte simboliza a perda de uma das últimas testemunhas diretas de um dos capítulos mais sombrios da história, lembrando a urgência de preservar as lições do Holocausto para as gerações futuras.

O vice-presidente executivo da Claims Conference, Greg Schneider, fez uma declaração emocionada: “Rose foi um exemplo de fortaleza, e agora temos a obrigação de seguir adiante em sua memória. As lições do Holocausto não podem morrer com aqueles que sofreram essa tragédia.”

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