Santa Isabel, uma cidade do Alto Tietê, foi severamente impactada por queimadas nos primeiros oito meses de 2024, com 443 hectares afetados, o equivalente a cerca de 620 campos de futebol. De acordo com o Monitor do Fogo, do MapBiomas, este é o maior registro de área devastada por incêndios na Grande São Paulo nesse período. Na última quarta-feira (25), o município decretou situação de emergência devido à recorrência e gravidade dos incêndios florestais.
O aumento nas queimadas em Santa Isabel representa um crescimento de 54% em comparação com a variação média anterior, embora seja 32% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Os incêndios atingiram, em sua maioria, áreas de agropecuária, concentrando 98,8% dos focos de fogo neste ano.
Além de Santa Isabel, outras cidades da Grande São Paulo também foram severamente impactadas:
- Pirapora do Bom Jesus: 294 hectares;
- Santana do Parnaíba: 189 hectares;
- Cajamar: 187 hectares;
- Mairiporã: 119 hectares.
No Alto Tietê, a região metropolitana composta por dez municípios, o total de áreas queimadas chegou a 719 hectares até agosto de 2024.
O estado de São Paulo enfrenta um agravamento na ocorrência de queimadas. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que agosto de 2024 já registrou o maior número de focos de incêndios desde o início da série histórica, com 3.483 focos contabilizados até setembro. Além disso, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) revelou que entre 22 e 24 de agosto, 2,6 mil focos de calor foram identificados, com mais de 81% em áreas agropecuárias.
A situação de emergência em Santa Isabel foi decretada devido ao período de seca prolongada, que intensificou os incêndios florestais. A baixa umidade do ar, associada à grande quantidade de material combustível, facilitou a propagação rápida do fogo, resultando na destruição da vegetação nativa, perda de biodiversidade e emissão de gases poluentes.








Deixe um comentário