Rússia critica prisão de fundador do Telegram

Rússia critica prisão de fundador do Telegram

O governo russo criticou severamente, nesta terça-feira (27), a prisão do fundador do Telegram, Pavel Durov, afirmando que o incidente levou as relações entre Rússia e França ao seu “nível mais baixo”. Durov, que é bilionário e nasceu na Rússia, foi detido em Paris no último fim de semana sob acusações de não colaborar em uma investigação sobre abuso sexual infantil, tráfico de drogas e fraudes relacionadas ao aplicativo de mensagens.

O ministro da Defesa russo, Sergei Lavrov, expressou sua indignação, enquanto o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descreveu as acusações da França como uma “tentativa de restringir a liberdade de comunicação”, a menos que haja evidências substanciais para sustentá-las. Peskov também destacou que Moscou está pronta para oferecer “toda a assistência necessária” a Durov, que possui nacionalidades russa, francesa e dos Emirados Árabes Unidos.

O presidente francês, Emmanuel Macron, negou que haja motivação política por trás da prisão e enfatizou que ela faz parte de um processo judicial para proteger os cidadãos e respeitar seus direitos fundamentais. Macron também mencionou a presença de informações falsas sobre o caso nas redes sociais.

Detalhes da Prisão de Pavel Durov

Pavel Durov foi preso em Paris no sábado (24), ao retornar de uma viagem ao Azerbaijão. No dia seguinte, a prisão preventiva de Durov foi prorrogada por até 96 horas, ou seja, até quarta-feira (28), conforme anunciado pela agência France Presse. A promotora Laure Beccuau informou que Durov está sendo interrogado por, entre outras razões, sua recusa em fornecer informações necessárias para investigações autorizadas por lei.

A investigação, iniciada em 8 de julho deste ano e conduzida pelo Centro de Combate ao Crime Digital (C3N) e o Escritório Nacional Antifraude (Onaf), lista 12 crimes pelos quais Durov é suspeito, incluindo:

  • Cumplicidade na administração de uma plataforma online que permite transações ilegais por quadrilhas.
  • Recusa em fornecer informações ou documentos necessários para investigações.
  • Cumplicidade na posse e distribuição de imagens pornográficas de menores.
  • Cumplicidade com narcóticos e fraude organizada.
  • Associação com crimes que preveem penas de 5 ou mais anos de prisão.
  • Provimento de serviços e ferramentas de criptografia sem a devida declaração.

A investigação continua em andamento, e as autoridades francesas seguem coletando evidências para apoiar as acusações.

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