Cerca de 5,9 milhões de domicílios no Brasil não tiveram acesso à internet em 2023, conforme revelado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este número representa uma leve redução em comparação aos 6,4 milhões de domicílios sem conexão em 2022.
Entre os principais motivos para a falta de acesso, destacam-se:
- Falta de habilidade para usar a internet: 33,2%
- Alto custo do serviço: 30%
- Falta de necessidade de acessar a rede: 23,4%
- Cobertura de rede inadequada para o endereço: 4,7%
- Custo do equipamento de instalação: 3,7%
- Falta de tempo para usar: 1,4%
- Preocupações com privacidade ou segurança: 0,6%
- Outros motivos: 3%
Apesar desses desafios, a maioria dos lares brasileiros tem acesso à internet. Em 2023, 72,5 milhões de domicílios (92,5%) estavam conectados à rede, um aumento de 1 ponto percentual em relação a 2022. A pesquisa também destacou um crescimento na adoção de internet banda larga, com a internet móvel subindo de 81,2% em 2022 para 83,3% em 2023, e a internet fixa (como Wi-Fi) aumentando de 86,4% para 86,9% no mesmo período.
A pesquisa revelou que a internet fixa superou a móvel em 2021 e continuou a crescer até 2023, enquanto o uso de conexão discada foi de apenas 0,3% nos domicílios conectados no ano passado.
Quem usa a internet?
A faixa etária com maior percentual de usuários de internet é a de 25 a 29 anos, com 96,3% dos indivíduos dessa faixa etária usando a rede em 2023. Seguem-se as faixas etárias de 20 a 24 anos (95,9%), 30 a 39 anos (95,5%), 14 a 19 anos (93,7%), 40 a 49 anos (93,4%), 10 a 13 anos (84,2%) e 60 anos ou mais (66%). O IBGE observou um aumento significativo no número de brasileiros com mais de 50 anos que usam a internet, especialmente entre aqueles com 60 anos ou mais.
Regionalmente, as maiores taxas de uso de internet são nas regiões Centro-Oeste (91,4%), Sudeste (89,9%) e Sul (89,2%), seguidas pelas regiões Norte (85,3%) e Nordeste (84,2%).
Serviços de Streaming
A pesquisa também revelou que, em 2023, 31,1 milhões de brasileiros (42,1% da população) utilizavam serviços de streaming pago, uma leve queda em relação aos 43,4% em 2022. As regiões com maiores percentuais de assinantes são o Sul (49%), Centro-Oeste (48,2%) e Sudeste (47,6%), enquanto as menores taxas estão no Norte (37,5%) e Nordeste (28,2%).
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