O sistema de pagamentos instantâneos PIX alcançou um novo marco no primeiro semestre de 2024, com um total de R$ 11,9 trilhões transacionados, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (12). Esse valor representa um crescimento expressivo em comparação com o mesmo período de 2023, quando o total movimentado foi de R$ 7,34 trilhões.
O aumento nas transações via PIX reflete uma tendência de popularização do sistema, que já se consolidou como o principal instrumento de pagamento em termos de número de transações. Em 2022, o PIX superou o cartão de crédito em volume de operações, representando 29% do total de transações realizadas, mas sem dominar os valores movimentados. No entanto, as transferências realizadas via TED continuam a liderar em volume de recursos, com R$ 20,31 trilhões transacionados no primeiro semestre de 2024, correspondendo a 37,3% das operações, com um valor médio de R$ 49.914 por transação.
A popularidade do PIX, lançado em dezembro de 2020 pelo Banco Central, foi um dos fatores responsáveis pela redução no uso de outros meios de pagamento, como o Documento de Ordem de Crédito (DOC), que foi descontinuado em janeiro de 2024 pelas instituições associadas à Federação Brasileira de Bancos. Além disso, uma pesquisa recente revelou que o uso de dinheiro em espécie pelos brasileiros tem diminuído, enquanto a adoção do PIX tem crescido rapidamente.
A plataforma PIX está disponível para qualquer pessoa física ou jurídica que possua uma conta corrente, poupança ou conta de pagamento pré-paga em instituições financeiras participantes. As contas bancárias podem ser mantidas apenas por bancos, enquanto as contas de pagamento podem ser mantidas por bancos ou outras instituições de pagamento, embora não sejam elegíveis para operações de crédito, a menos que a instituição de pagamento faça parte de um grupo financeiro que ofereça acesso a esses serviços.
Com esse crescimento contínuo, o PIX deve seguir ampliando seu papel como uma das formas de pagamento mais utilizadas no Brasil.
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