O sistema de transferências em tempo real do Banco Central, o PIX, passará por mudanças significativas a partir de abril. As chaves PIX associadas a CPFs e CNPJs com irregularidades na base de dados da Receita Federal serão excluídas. Estima-se que cerca de 8 milhões de CPFs e 1,7 milhão de CNPJs estejam em situação irregular, totalizando quase 10 milhões de chaves PIX que serão suspensas.
O objetivo dessa medida é aumentar a segurança do sistema e reduzir os golpes. Segundo Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, a exclusão das chaves visa evitar que golpistas vinculem nomes de empresas conhecidas a CPFs ou CNPJs fraudulentos, o que tem sido uma prática comum entre criminosos. Importante destacar que a exclusão das chaves não ocorrerá por falta de pagamento de tributos, mas sim por irregularidades fiscais.
Além disso, o PIX tem enfrentado instabilidades recentemente, com falhas registradas por duas semanas consecutivas. Contudo, o Banco Central garantiu que o sistema está preparado para lidar com altas demandas. A instituição informou que as equipes de manutenção do PIX operam 24 horas por dia, 7 dias por semana, para garantir a estabilidade do serviço.
O Banco Central também anunciou que o PIX por aproximação, lançado no final de fevereiro, já está em funcionamento. Esse recurso permite que os clientes paguem contas apenas aproximando o celular da máquina do lojista, de maneira semelhante aos pagamentos com cartões de débito e crédito.
Em termos financeiros, o orçamento destinado à manutenção do PIX em 2025 será de R$ 67,6 milhões, o que representa um aumento em relação aos anos anteriores. Em 2024, o orçamento foi de R$ 44,4 milhões e em 2023, de R$ 53,5 milhões.
De acordo com o Banco Central, o sistema PIX teve um recorde de movimentação em 2024, totalizando R$ 26,46 trilhões, um aumento de 54,6% em relação a 2023. Isso reflete a crescente adesão ao sistema de pagamentos, que superou os R$ 10 trilhões movimentados em 2022.
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