Oposição venezuelana faz apelo urgente sobre situação na embaixada da Argentina

Oposição venezuelana faz apelo urgente sobre situação na embaixada da Argentina

Membros da oposição na Venezuela, reunidos nas imediações da embaixada da Argentina em Caracas, expressaram seu agradecimento aos apoiantes que protestam contra os resultados das eleições que confirmaram a reeleição do presidente Nicolás Maduro em 29 de julho de 2024. A líder oposicionista, María Corina Machado, fez um “apelo urgente” nesta quarta-feira (4), pedindo a intervenção das autoridades brasileiras e argentinas para lidar com o que ela descreveu como um “estado de sítio” na embaixada da Argentina, onde estão asilados seis opositores.

Os opositores, que estão refugiados no edifício desde março e enfrentam acusações de “terrorismo” pelo regime de Maduro, aguardam a obtenção de salvo-condutos para deixar o país. Na madrugada desta quarta-feira, mais de 20 agentes de segurança se aproximaram da embaixada, agindo de forma agressiva e sugerindo que poderiam invadir o local.

“O regime transformou a residência diplomática em uma prisão, diante dos olhos do mundo, violando todos os acordos internacionais”, afirmou Corina Machado. Os refugiados denunciam que as autoridades venezuelanas cortaram a energia elétrica e impuseram restrições ao abastecimento de água potável e alimentos.

Tomás Arias, advogado dos seis opositores asilados, pediu à Cruz Vermelha e ao Núncio Apostólico uma “intervenção” humanitária, ressaltando que a falta de serviços básicos como eletricidade e água configura uma forma de tortura.

A embaixada da Argentina foi evacuada em agosto após o governo de Javier Milei não reconhecer a vitória de Maduro nas eleições presidenciais, levando o presidente venezuelano a romper relações diplomáticas com a Argentina. O Brasil assumiu a custódia do prédio e, apesar de a Venezuela ter revogado a permissão para a guarda do imóvel, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva declarou que continuaria defendendo os interesses da Argentina.

María Corina Machado fez um apelo urgente aos governos da Argentina e do Brasil para que respondam com a gravidade que a situação exige e empenhem todos os esforços para garantir a obtenção dos salvo-condutos.

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