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Governo propõe R$ 133,6 bilhões para a Defesa no orçamento de 2025.

Governo propõe R$ 133,6 bilhões para a Defesa no orçamento de 2025.

O Ministério da Defesa recebeu uma proposta de orçamento de R$ 133,6 bilhões para o ano de 2025, abrangendo gastos com pessoal, custeio e investimentos. Esse montante coloca o Ministério entre os maiores orçamentos do governo, atrás apenas de áreas como Saúde, Educação, Previdência e Desenvolvimento Social.

A proposta, encaminhada ao Congresso Nacional no final de agosto, ainda precisa ser aprovada pelo Legislativo, mas já se destaca pelo seu vulto, refletindo a prioridade dada às Forças Armadas no governo atual. O valor total para o Ministério da Defesa é superior aos orçamentos de outros ministérios de grande relevância, como os de Transportes, Justiça e Segurança Pública, Ciência e Tecnologia, e Agricultura, que juntos somam valores menores do que os destinados à defesa nacional.

Em meio a esse cenário, a equipe econômica do governo, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trabalha para encontrar maneiras de cortar gastos e equilibrar as contas públicas, visando cumprir as metas fiscais e garantir a confiança do mercado. Nesse contexto, o Ministério da Defesa se tornou alvo de atenção, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou a inclusão da pasta em um pacote de contenção de despesas, que pode até afetar o regime de previdência dos militares, segundo fontes da GloboNews.

Principais Projetos e Destinação dos Recursos

Para o ano de 2025, a proposta orçamentária do Ministério da Defesa destaca alguns projetos estratégicos que exigem altos investimentos. Entre eles estão o desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro e a compra de caças Gripen da Suécia, com previsão de R$ 2,5 bilhões apenas para essas iniciativas.

Além disso, a maior parte dos recursos será direcionada ao custeio das Forças Armadas, incluindo gastos com pessoal e manutenção das atividades militares. O orçamento para o ano que vem também prevê R$ 4,7 bilhões para despesas obrigatórias, como a prestação de auxílios à navegação, a fiscalização de produtos controlados e o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, que garante a segurança do tráfego aéreo nacional.

Projetos e Programas Prioritários

O orçamento de 2025 também reflete os investimentos em projetos de longo prazo nas três Forças Armadas. A Marinha do Brasil, por exemplo, tem como destaque o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), que receberá R$ 1,51 bilhão para a construção de submarinos convencionais e nucleares, além do desenvolvimento de um reator nuclear para propulsão. Já o Exército receberá R$ 622 milhões para reativar a produção de viaturas blindadas e R$ 200 milhões para o Sistema Integrado de Fronteiras, que visa reforçar a presença militar nas regiões de fronteira.

Na Força Aérea Brasileira, o orçamento de 2025 contempla R$ 1,4 bilhão para a aquisição de caças Gripen e R$ 627,3 milhões para o projeto KC-390, que visa ampliar a capacidade de transporte logístico da Força Aérea. Além disso, a FAB também receberá investimentos para a modernização de aeronaves e helicópteros.

Desafios e Contenção de Despesas

Apesar do expressivo valor destinado à Defesa, o governo enfrenta um desafio significativo para equilibrar os gastos públicos. A área econômica busca um pacote de medidas para conter as despesas e alcançar o equilíbrio fiscal, o que inclui discussões sobre a necessidade de ajustar o regime de previdência dos militares, um tema que gera resistência tanto no governo quanto na sociedade.

O Ministério da Defesa, por sua vez, defende a importância de manter o orçamento para garantir a continuidade dos projetos de defesa e a capacidade das Forças Armadas de proteger a soberania nacional. Em seu site oficial, o Ministério lembra que o Brasil tem uma longa tradição de pacificidade, mas precisa estar preparado para enfrentar ameaças externas, dada sua importância estratégica e seus vastos recursos naturais.

Conclusão

A proposta orçamentária de R$ 133,6 bilhões para a Defesa em 2025 é um reflexo da importância atribuída às Forças Armadas na atual gestão, mas também está no centro das discussões sobre o controle das despesas públicas. O governo tenta equilibrar a necessidade de manter investimentos essenciais em defesa com a pressão para reduzir os gastos e garantir o cumprimento das metas fiscais. O desafio será conciliar esses dois objetivos sem comprometer a capacidade do Brasil de manter uma defesa nacional robusta e uma política fiscal sustentável.

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