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Novo cálculo do salário mínimo de 2025 pode reduzir poder de compra

Novo cálculo do salário mínimo de 2025 pode reduzir poder de compra



O governo brasileiro, por meio de um decreto presidencial a ser publicado até o final deste ano, deverá corrigir o valor do salário mínimo para 2025, fixando-o em R$ 1.518, um aumento de R$ 106 (7,5%) em relação ao valor atual de R$ 1.412. A correção entrará em vigor em janeiro, com o pagamento acontecendo em fevereiro de 2025.

Impacto da Nova Fórmula

O valor final já considera a aplicação da nova fórmula de cálculo do salário mínimo, implementada no final de 2023, que limita o aumento a um teto de 2,5% do PIB, além da inflação (INPC) de 4,84%, calculada entre dezembro de 2023 e novembro de 2024. Dessa forma, o novo salário mínimo será de R$ 1.518, arredondado para cima.

Se a fórmula anterior de reajuste fosse mantida, o salário mínimo subiria para R$ 1.528, considerando a variação do PIB de 3,2% de 2023. A diferença de R$ 10 entre os dois valores resultará em uma perda mensal para trabalhadores, aposentados e pensionistas a partir de 2025.

Economia para o Governo e Impactos Econômicos

O ajuste no salário mínimo trará uma economia significativa para o governo, que deixará de gastar cerca de R$ 4 bilhões com aposentadorias e benefícios sociais em 2025. Para cada R$ 1 de aumento do salário mínimo, o governo estima uma despesa adicional de R$ 392 milhões. Com a nova fórmula, a projeção é de um crescimento menor do salário mínimo nos próximos anos, o que pode gerar uma economia de R$ 110 bilhões até 2030.

Esse pacote de cortes também afetará diretamente a população, pois cerca de 59,3 milhões de brasileiros são impactados pelo valor do salário mínimo, incluindo trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais como o BPC (Benefício de Prestação Continuada). O impacto desse ajuste pode resultar em uma queda no poder de compra e no consumo, afetando a economia no curto prazo, como apontou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O Dieese alerta que a restrição ao aumento real do salário mínimo pode prejudicar o consumo das famílias, o que, por sua vez, terá efeitos negativos sobre o crescimento econômico.

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