O julgamento de Ricardo Reis de Faria e Vieira, acusado da morte de seus três filhos adotivos em um incêndio na residência onde viviam, em Poá, na Grande São Paulo, entrou em seu segundo dia nesta quinta-feira (22). O caso, que chocou a comunidade em fevereiro de 2021, está sendo julgado no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, sob intensa expectativa.
Desenvolvimento do Caso
O incêndio, ocorrido em 17 de fevereiro de 2021, resultou na trágica morte dos irmãos Fernanda, Gabriel e Lorenzo, que foram carbonizados após o quarto em que dormiam pegar fogo. Ricardo, que foi preso no dia seguinte ao incidente, enfrenta acusações de homicídio triplamente qualificado. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) preside o caso, e o réu segue detido desde a sua prisão.
O Conselho de Sentença, composto por sete jurados, sendo cinco mulheres e dois homens, está ouvindo depoimentos cruciais no julgamento. Na manhã desta quinta-feira, foi exibido o depoimento da última testemunha, uma menor de idade, em vídeo fechado ao público. A pauta do júri inclui ainda o depoimento do réu, seguido de debates entre defesa e acusação, antes da votação final que determinará a sentença.
Este não é o primeiro julgamento enfrentado por Ricardo. Em dezembro de 2023, um júri anterior foi anulado após controvérsias envolvendo a participação de uma advogada assistente de acusação, que acompanhou o réu na delegacia no dia do ocorrido. A defensora de Ricardo expressou preocupação com a imparcialidade do processo, levando à dissolução do júri.
O julgamento tem gerado grande expectativa entre familiares e amigos das vítimas. Thereza Vieira, avó das crianças, expressou seu desejo por justiça, enquanto Doroti Moreira, madrinha de Lorenzo, e Solange Baraldini, vizinha da família, relembraram com dor os acontecimentos e as perdas irreparáveis.
A defesa de Ricardo não se manifestou até o momento. O julgamento continua com grande atenção da mídia e da sociedade, aguardando o desfecho deste trágico caso.
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