Extrema direita vence 1º turno na França e Macron pede por aliança democrática

Extrema direita vence 1º turno na França e Macron pede por aliança democrática

O partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen, obteve 33% dos votos no primeiro turno das eleições parlamentares francesas, realizado neste domingo (30). A Nova Frente Popular (NFP), uma coalizão de esquerda, ficou com 28% dos votos, enquanto o bloco centrista do presidente Emmanuel Macron atingiu 20%.

Cenário Político Atual

A participação nas eleições foi a maior dos últimos 40 anos, evidenciando o interesse da população no pleito. O avanço do RN reflete a consolidação do favoritismo de Le Pen, que agora busca a maioria absoluta no Parlamento no segundo turno, marcado para 7 de julho.

Composição Atual da Assembleia Nacional:

  • Juntos (Centro): 250 cadeiras
  • Nova Frente Popular (Esquerda): 149 cadeiras
  • Reunião Nacional (Extrema Direita): 88 cadeiras
  • Republicanos (Centro-Direita): 61 cadeiras
  • Outros (Esquerda): 22 cadeiras

Projeção para a Nova Composição:

  • Reunião Nacional (Extrema Direita): de 225 a 265 cadeiras (aumento de 177)
  • Nova Frente Popular (Esquerda): de 170 a 200 cadeiras (aumento de 151)
  • Juntos (Centro): de 70 a 100 cadeiras (queda de 180)
  • Republicanos (Centro-Direita): de 30 a 60 cadeiras (queda de 31)
  • Outros (Esquerda): de 10 a 18 cadeiras (queda de 12)

Governo de Coabitação

O sistema político semipresidencialista da França permite que os eleitores escolham os partidos que comporão o Parlamento. O partido ou coalizão que obtiver a maioria dos votos indicará o primeiro-ministro, que governará em conjunto com o presidente. Se Macron e o futuro primeiro-ministro forem de partidos diferentes, a França entrará em um governo de “coabitação”, o que pode tornar o governo de Macron inviável na prática.

Impacto e Reações

Marine Le Pen celebrou os resultados e pediu aos eleitores que garantam a maioria absoluta à sua sigla no segundo turno. Por outro lado, Macron sugeriu uma aliança ampla entre “candidatos republicanos e democráticos” para enfrentar a extrema direita.

O partido de Macron tentou alertar para os riscos da chegada da extrema direita ao poder, destacando as posturas populistas, xenofóbicas e anti-imigração de Le Pen. Caso se confirme a projeção e o RN obtenha a maioria, Macron poderá ser forçado a nomear Jordan Bardella, do RN, como primeiro-ministro, o que mudaria significativamente a dinâmica do governo francês.

O segundo turno das eleições parlamentares será realizado no dia 7 de julho, onde se definirá a composição final da Assembleia Nacional e o futuro político da França.

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