Nesta segunda-feira (16), começou uma audiência para investigar as causas da implosão do submarino Titan, ocorrida em junho de 2023, durante uma expedição para ver os destroços do Titanic. O evento, que durará duas semanas, tem como objetivo apurar as circunstâncias do acidente que resultou na morte de cinco pessoas, incluindo o CEO da OceanGate, Stockton Rush.
O ex-diretor de engenharia da OceanGate, Tony Nissen, foi a primeira testemunha a depor. Ele revelou que se recusou a pilotar o Titan quando Stockton Rush pediu, afirmando que não confiava na equipe de operações e na segurança do submersível. Nissen destacou que, em 2019, foi pressionado para iniciar as operações e alertou Rush sobre o funcionamento inadequado do Titan. Em um relato preocupante, Nissen contou que o submersível foi atingido por um raio durante testes em 2018, o que pode ter comprometido seu casco.
Durante a audiência, a Guarda Costeira dos EUA revelou que o Titan não foi inspecionado por técnicos externos antes de sua última missão e que, antes da expedição, o submarino passou meses exposto a condições climáticas adversas, o que pode ter deteriorado seu casco. A última comunicação do comandante do Titan foi: “Está tudo bem aqui”, logo antes das comunicações serem perdidas.
O cofundador da OceanGate, Guillermo Sohnlein, o ex-diretor de operações David Lochridge, e o ex-diretor científico Steven Ross também estão programados para depor. A audiência busca esclarecer se os tripulantes perceberam algum problema antes da implosão e fornecer um relatório com recomendações ao governo dos EUA para evitar tragédias semelhantes.
A tragédia, que chocou o mundo, vitimou Stockton Rush, o veterano explorador do Titanic Paul-Henri Nargeolet, os paquistaneses Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, e o aventureiro britânico Hamish Harding.
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