O dólar iniciou a semana com volatilidade nesta segunda-feira (27), apresentando oscilações entre altas e baixas, enquanto investidores aguardam importantes divulgações e decisões econômicas ao longo da semana. Na última sexta-feira (24), a moeda norte-americana registrou uma queda de 0,13%, fechando a R$ 5,9180, o menor valor desde o final de novembro. No mesmo dia, o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, recuou 0,03%, terminando aos 122.447 pontos.
Nesta quarta-feira (29), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil e o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos anunciarão suas decisões sobre as taxas de juros, o que deve movimentar os mercados financeiros. No Brasil, a expectativa é que o Copom eleve a Selic em 1 ponto percentual, chegando a 13,25% ao ano, devido à pressão da inflação. Já nos EUA, o mercado acredita que o Fed manterá suas taxas de juros inalteradas, entre 4,25% e 4,50% ao ano, em um cenário de inflação controlada, mas com muitos desafios econômicos à frente.
Entre os fatores que têm gerado incerteza nos mercados está a recente atuação de Donald Trump. Neste domingo (26), o presidente dos Estados Unidos anunciou novas tarifas à Colômbia, como forma de sanção após o país se recusar a receber voos com imigrantes deportados. Embora a Colômbia tenha recuado e Trump tenha retirado as tarifas, o mercado continua atento à possibilidade de o presidente utilizar essas taxações como ferramenta de negociação, o que pode aumentar a volatilidade nas economias globais.
No Brasil, o Ibovespa operava em alta de 0,19%, aos 122.681 pontos, nesta segunda-feira, após acumular uma pequena alta de 0,08% na semana passada. Em termos anuais, o índice acumula uma valorização de 1,80%.
Projeções de juros e inflação
O mercado também está de olho em outros indicadores econômicos importantes, como os dados de emprego no Brasil e nos EUA, a atividade econômica nos dois países e as decisões sobre juros na zona do euro. No Brasil, o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, aponta que a taxa Selic pode chegar a 15% ao ano até o fim de 2025, com uma previsão de inflação de 5,50% para este ano. Já nos Estados Unidos, a política monetária continuará sob vigilância, com o Fed enfrentando pressões para ajustar as taxas de juros, caso a inflação volte a subir devido a políticas comerciais mais agressivas de Trump.
Resumo dos mercados:
- Dólar: Às 10h20, o dólar caía 0,02%, cotado a R$ 5,9168, após acumular uma queda de 2,43% na semana passada e de 4,23% no mês.
- Ibovespa: O índice da bolsa brasileira subia 0,19%, aos 122.681 pontos, após uma leve queda de 0,03% na sexta-feira.
A semana promete ser decisiva para as expectativas dos investidores, com a Super Quarta (29), quando os dois maiores bancos centrais do mundo anunciam suas decisões sobre taxas de juros, além da divulgação de importantes dados econômicos que podem impactar diretamente os mercados financeiros.








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