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Mercados reagem a tarifas de Trump: Dólar sobe e Ibovespa cai

Mercados reagem a tarifas de Trump: Dólar sobe e Ibovespa cai

O dólar iniciou a segunda-feira (3) em alta, refletindo as repercussões do anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de tarifas pesadas a três de seus principais parceiros comerciais: China, Canadá e México. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, segue em queda, acompanhando a tendência global de baixa nos mercados de ações.

Trump aplicou tarifas de 10% sobre os produtos importados da China e de 25% sobre as importações do México e do Canadá, com uma taxa de 10% sobre o petróleo canadense. As novas tarifas entram em vigor nesta terça-feira (4). Essas medidas fazem parte das promessas de campanha de Trump, que acredita que as taxas vão impulsionar o crescimento dos EUA, apesar dos possíveis impactos negativos, como ele mesmo afirmou neste domingo (2), dizendo que “alguma dor” será sentida, mas que “valerá a pena”.

Em resposta, o Canadá anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre produtos dos EUA, e o México está avaliando medidas semelhantes. A China também reagiu, alegando que as tarifas violam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e prometeu recorrer.

Essa troca de tarifas entre as nações tem gerado incerteza nos mercados globais, e o dólar, considerada uma moeda segura em tempos de crise, registrou alta. Enquanto isso, as bolsas de valores, incluindo as nações asiáticas e europeias, operam em queda.

Resumo dos Mercados:

  • Dólar: Às 10h45, o dólar subia 0,77%, cotado a R$ 5,8823. Na última sexta-feira (31), o dólar fechou em queda de 0,25%, cotado a R$ 5,8372, acumulando uma queda de 1,37% na semana e 5,54% no mês.
  • Ibovespa: O índice caía 0,41%, aos 125.613 pontos. Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 0,61%, aos 126.135 pontos, com um ganho de 3,01% na semana e 4,86% no mês e no ano.

Entenda o Impacto das Tarifas A imposição de tarifas tem o potencial de aumentar a inflação nos EUA, já que o preço de vários produtos e matérias-primas tende a subir. O Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, busca controlar a inflação, mas, se ela ultrapassar a meta, poderá ser forçado a aumentar as taxas de juros, o que torna o crédito mais caro, impactando o consumo e desacelerando a economia. Juros mais altos, por outro lado, aumentam a rentabilidade dos títulos americanos, atraindo investidores e fortalecendo o dólar.

Essa alta do dólar pode gerar pressões inflacionárias no mundo todo, uma vez que muitos contratos internacionais são feitos na moeda americana. Economias que têm os EUA como parceiro comercial, como o Brasil, podem ser afetadas pela aceleração da inflação.

Enquanto isso, a reação global continua, com a Ásia e a Europa registrando quedas nas bolsas de valores. O Nikkei, principal índice do Japão, recuou 2,66%, o KOSPI da Coreia do Sul caiu 2,52%, e o TAIEX de Taiwan despencou 3,53%. Na Europa, os índices também operam em queda.

O mercado aguarda discursos de membros do Fed e novos dados do mercado de trabalho nos EUA, enquanto no Brasil o Boletim Focus do Banco Central traz uma leve alta nas previsões para a inflação.

A situação segue com incertezas e os investidores permanecem atentos às próximas movimentações políticas e econômicas, tanto nos EUA quanto no cenário global.



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