O Brasil recuperou a oitava posição no ranking global dos maiores produtores de automóveis, com uma produção de cerca de 2,5 milhões de veículos em 2024. Esse desempenho representa um crescimento de 9,7% em relação ao ano anterior, quando foram fabricados 2,324 milhões de veículos. O número foi divulgado nesta terça-feira (14) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Com esse resultado, o Brasil ultrapassou países como Espanha e Tailândia. O presidente da Anfavea, Márcio Lima Leite, destacou que, caso não fosse o impacto do dólar e das altas taxas de juros, o país poderia ter alcançado a marca de 3 milhões de unidades produzidas.
Confira abaixo o ranking de produção de veículos em 2024:
- China: 31,1 milhões de unidades
- Estados Unidos: 11,9 milhões de unidades
- Japão: 8,2 milhões de unidades
- Índia: 5,6 milhões de unidades
- México: 4,3 milhões de unidades
- Coreia do Sul: 4,2 milhões de unidades
- Alemanha: 4,1 milhões de unidades
- Brasil: 2,5 milhões de unidades
- Espanha: 2,4 milhões de unidades
- Tailândia: 1,5 milhão de unidades
Crescimento nas Vendas e Desafios nas Importações
Além do crescimento na produção, o Brasil também registrou um aumento significativo nas importações de veículos, que cresceram 32,5% em 2024, alcançando o maior nível em 10 anos. A Anfavea relatou que 200 milhões dessas importações são de modelos eletrificados, especialmente da China. A entidade alertou que esse aumento nas importações pode prejudicar a competitividade do mercado brasileiro e gerar um impacto negativo no déficit fiscal, com uma renúncia fiscal de R$ 6 bilhões em 2024.
Em contraste, o Brasil teve um desempenho recorde nas vendas de veículos, com cerca de 14,2 milhões de transações realizadas, incluindo tanto veículos novos quanto usados. Esse crescimento nas vendas foi impulsionado pela expansão do crédito, que aumentou 36% em 2024, com mais de R$ 200 bilhões em financiamentos de veículos.
Expectativas para 2025
A Anfavea projeta um aumento de 7,8% na produção de veículos em 2025, com a expectativa de atingir 2,749 milhões de unidades fabricadas. Apesar dos desafios econômicos, como as altas taxas de juros, o setor automotivo brasileiro segue em crescimento, impulsionado pelo aumento no crédito e pela recuperação da demanda.
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