O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) um novo pacote de tarifas sobre importações da China, elevando a alíquota para 125% com efeito imediato. A medida intensifica a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo e repercutiu fortemente nos mercados globais.
Em publicação nas redes sociais, Trump justificou a decisão como uma resposta à “falta de respeito da China aos mercados mundiais” e afirmou que o aumento visa encerrar o que chamou de “exploração dos EUA e de outros países”.
Ao mesmo tempo, o presidente norte-americano informou que reduzirá para 10% as chamadas “tarifas recíprocas” aplicadas a mais de 75 países que, segundo ele, não retaliaram as políticas comerciais dos EUA. A redução vale por 90 dias e também tem efeito imediato.
Reação dos mercados
A notícia provocou forte volatilidade nas bolsas internacionais. Após o anúncio, os índices de Wall Street, que haviam registrado fortes altas na quarta-feira, operaram em queda nesta quinta (10). Já os mercados europeus e asiáticos tiveram uma reação positiva, uma vez que não haviam reagido ao anúncio de Trump no pregão anterior, encerrado antes da divulgação.
📉 Desempenho das bolsas americanas (por volta das 11h40):
- Dow Jones: -1,99%, aos 39.798,98 pontos
- S&P 500: -2,40%, aos 5.325,64 pontos
- Nasdaq: -2,91%, aos 16.626,29 pontos
📈 Desempenho das bolsas europeias (por volta das 11h40):
- DAX (Alemanha): +5,53%
- CAC 40 (França): +4,89%
- FTSE 100 (Reino Unido): +3,87%
- Itália 40 (Itália): +5,78%
- IBEX 35 (Espanha): +5,02%
- AEX (Holanda): +4,16%
- SMI (Suíça): +4,01%
📈 Desempenho das bolsas asiáticas (fechamento de quinta-feira):
- CSI 1000 (China): +2,34%
- Hang Seng (Hong Kong): +2,06%
- Nikkei 225 (Japão): +8,99%
- Kospi (Coreia do Sul): +6,60%
Entenda a escalada das tarifas entre EUA e China
Desde o início do ano, os EUA vêm aumentando gradualmente as tarifas sobre produtos chineses:
- Fevereiro: tarifa adicional de 10%, totalizando 20%;
- 2 de abril: anúncio de nova alíquota de 34%, elevando o total para 54%;
- Após retaliação da China: acréscimo de mais 50%, chegando a 104%;
- Agora: novo aumento de 21%, totalizando 125%.
A China, por sua vez, respondeu às medidas americanas com a elevação de suas próprias tarifas para 84% sobre produtos norte-americanos.
Negociações em andamento
Trump afirmou que a redução temporária das tarifas a outros países ocorreu após representantes de mais de 75 nações iniciarem negociações com o governo americano para buscar uma solução diplomática sobre temas como barreiras comerciais, tarifas e manipulação cambial. Ele ressaltou que esses países “não retaliaram de forma alguma contra os EUA”, o que teria motivado a trégua parcial.
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