O braço armado do Hamas anunciou, nesta segunda-feira (10), o adiamento da libertação de reféns israelenses, que estava prevista para o próximo sábado (15). A decisão foi divulgada por meio de um comunicado no Telegram, no qual o porta-voz do grupo, Abu Ubaida, afirmou que a entrega dos prisioneiros israelenses será postergada até que Israel “cumpra e compense os direitos das semanas anteriores retroativamente”. O Hamas acusou Israel de violar o acordo de cessar-fogo nos últimos dias e garantiu que continuará comprometido com os termos do acordo, desde que a ocupação também os cumpra.
O ministro da Defesa de Israel reagiu à suspensão da libertação, chamando-a de violação do cessar-fogo. Em resposta, ele orientou as Forças Armadas a se prepararem para o “mais alto nível de prontidão” na região de Gaza e para proteger as comunidades israelenses.
Recentemente, no sábado (8), três reféns israelenses foram libertados pelo Hamas após dias de incertezas sobre a continuidade do cessar-fogo. A liberação aconteceu após uma ameaça de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, de tomar o controle da Faixa de Gaza após o fim da guerra. Os reféns libertados foram Ohad Ben Ami, Eli Sharabi e Or Levy, sequestrados em 7 de outubro de 2023, no ataque que iniciou o conflito.
O Hamas fez uma exibição incomum ao montar um palco para exibir os reféns antes de entregá-los à Cruz Vermelha, que facilita a troca de prisioneiros entre os dois lados. Em troca, Israel libertou 183 prisioneiros palestinos, incluindo pessoas envolvidas em ataques fatais e outros detidos durante a guerra.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou a maneira como os reféns foram apresentados antes de sua devolução, afirmando que não poderia “ignorar o que foi visto”.
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