Nesta sexta-feira (7), o dólar inverteu a tendência de alta e passou a cair, influenciado pela divulgação do payroll, o principal relatório de empregos dos Estados Unidos. O país criou 143 mil vagas de emprego não agrícolas em janeiro, abaixo das expectativas de 170 mil. Apesar disso, a taxa de desemprego caiu de 4,1% para 4,0%.
A desaceleração no crescimento do mercado de trabalho nos EUA alivia as pressões inflacionárias, o que sugere que o aumento da taxa de juros pode ser mais gradual. Juros mais baixos nos EUA tendem a enfraquecer o dólar, o que pode beneficiar outras moedas com ativos mais rentáveis.
No Brasil, o mercado não teve grandes eventos econômicos, e o destaque foi a repercussão de uma entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele afirmou à rádio Cidade que o Banco Central não pode “jogar o país em uma recessão” ao conduzir a política monetária. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic em 1 ponto percentual, fixando-a em 13,25% ao ano, como resposta ao aumento da inflação no Brasil.
Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em leve alta de 0,55%, alcançando 126.225 pontos. Até o momento, o índice acumula um pequeno avanço de 0,07% na semana e no mês, com uma alta de 4,94% no ano.
Resumo dos Mercados
- Dólar: Às 10h40, a moeda americana caía 0,09%, sendo cotada a R$ 5,7589, após fechar a véspera com queda de 0,52%, a R$ 5,7638. No acumulado, o dólar registrou queda de 1,26% na semana e no mês, além de um recuo de 6,73% no ano.
- Ibovespa: O índice operava com alta de 0,06%, aos 126.306 pontos. No dia anterior, a alta foi de 0,55%, fechando aos 126.225 pontos. O índice acumula avanço de 0,07% na semana e no mês, e de 4,94% no ano.
O que está influenciando os mercados?
O cenário no Brasil também é marcado pelas declarações do ministro Fernando Haddad, que comentou sobre a condução da política monetária e a inflação. Segundo ele, a elevação da taxa de juros deve ser feita de forma equilibrada para evitar uma recessão. Haddad ainda ressaltou que o Brasil tem adotado medidas para controlar a inflação, como o aumento do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda (IR).
O ministro foi questionado sobre a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sugeriu à população que evitasse comprar produtos caros nos supermercados. No entanto, Haddad preferiu não comentar diretamente e reforçou que os preços ainda estão abaixo dos níveis herdados do governo anterior.
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